OS VOLUNTÁRIOS DA SAÚDE
SÃO DOADORES DA VIDA
Hoje e cada vez mais, os voluntários do campo da saúde dão de si e por si a parte da vida que deles brota e que outras vidas anseiam. É assim em Hospitais e Centros de Saúde, mas também e cada vez mais em Unidades de restabelecimento físico e espiritual do nosso tempo, ou mesmo em domicílios, em qualquer fase da existência humana de cada pessoa.
Ser voluntário no campo da saúde é exigente. É que este sector do voluntariado é sobretudo e mais que todos, um conjunto de acções menos moldado por elas mesmas e mais pelas emoções e pelos afectos. A pessoa é frágil e o sistema é impessoal. A pessoa é global e o sistema é parcial. A pessoa é humana e os sistemas por si mesmos carecem de humanidade.
Os voluntários do campo da saúde estão aí. Se umas vezes para dar um dedo de conversa ou partilhar um pensamento ou uma angústia... Muitas vezes estão presentes para serem parte importante da solução que leva ao claro bem-estar global dos clientes do Sistema da Saúde, queridos ou não, aplaudidos ou tolerados.
Em Portugal serão muitos os voluntários do campo da saúde, com certeza mas sem certezas. Não importa. O que importa é que a acção humanizadora dos serviços e dos cuidados, que prestam “fazendo bem o bem, sem olhar a quem”, deixa marcas positivas nos beneficiários, marcas por vezes indeléveis. É essa a certeza dos voluntários da saúde: - Quem o bem, bem feito, perdure.
A Federação Nacional de Voluntariado em Saúde, composta hoje por cerca de quatro dezenas de Organizações de Voluntariado em Saúde, constituídas por sua vez por mais de cinquenta mil membros, representa já um sério contributo do sector para o voluntariado, pelo menos ao nível do Serviço Nacional de Saúde, afinal aquele que é universal e tendencialmente gratuito.
É nessa gratuidade, e na mais completa disponibilidade que os voluntários do campo da saúde, são assim autênticos doadores de vida. Vida que emana de si mesmos, porque cheios dela. Vida que ama e faz crescer. Vida que faz que muitos a tenham plena e verdadeiramente.
Porto, 6 de Julho de 2011
A Direcção da FNVS